O Toyotismo foi um sistema de produção industrial japonês que surgiu após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) nos anos finais da década de 70, e revolucionou a industria automobilística. Ele foi desenvolvido pelo engenheiro da Toyota, Taiichi Ohno (1912-1990) e se baseia em 5 princípios:
Just-in-Time: Produzir apenas o necessário, para evitar estoques desnecessários e reduzir custos de armazenamento, transporte e perdas por deterioramento.
Qualidade Total: Implementar rigorosos controles de qualidade em todas as etapas da produção para garantir produtos impecáveis.
Melhoria Contínua: Buscar constantemente formas de melhorar o processo produtivo, eliminar desperdicíos e aumentar a eficiência.
Respeito pelas Pessoas: Valorizar o trabalho e o conhecimento dos colaboradores, envolvendo-os na busca pelas soluções e melhorias.
Trabalho em Equipe: Incentivar a colaboração entre os trabalhadores para alcaçar os objetivos comuns e melhorar a produtividade.
Eji Toyoda em uma de suas fábricas.
A concepção do modelo Toyotista é atribuida ao engenheiro mecânico Taiichi Ohno, que começou a trabalhar na empresa em 1932, ocupando o cargo diretor e especialista em produção, na década 50. Foi a partir da observação, que se viu necessidade de se adequar a realidade social e econômica do país naquela época.
Taiichi e Eiji Toyoda (1913-2013), ao observarem o modelo Fordista americano popularmente difundido pelas fábricas no mundo até o início da Segunda Grande Guerra, não era mais adequado ao país naquele momento, e necessitava de mudanças estratégicas.
Adaptações deveriam acontecer para que o modo de produção fosse viável economicamente e compatível com a realidade da população japonesa. O país é pequeno e depende muito da importação de máterias-primas, assim viu-se a necessidade de exonerar estoques, em consequente, os custos com transporte e manutenção de estoques foram reduzidos.
Esse novo modelo Toyotista foi implementado primeiramente nas fábricas da Toyota em todo o Japão, em conseguinte, os resultados foram extremamentes positivos, a respeito da eficácia produtiva e redução de custos, o modelo se difundiu rapidamente para outras localidades.
Taiichi Ohno um dos criadores do Toyotismo.
Ausência de estoques em matérias-primas e produtos acabados.
Adequação da produção por demanda, assim só era produzido o que era vendido.
Mão-de-obra qualificada.
Controle de qualidade realizado em todas as etapas.
Uso de tecnologia no processo produtivo.
Redução de custos.
Motivação dos colaboradores.
Aumento da produtividade.
Com a adesão do modelo Toyotista, obteve-se a redução nos custos e manutenção de estoques, tranzendo os benefícios de adequação do ritmo produtivo sob a demanda. Assim, evitando disperdícios, e atendendo as necessidades dos consumidores de forma exata.
Os produtos produzidos sob esse modelo tem qualidade elevada, em vista do controle de qualidade feitos em todas as etapas do processo produtivo, com o auxilio de profissionais qualificados e maquinários com tecnologia empregada. Isso, proporciona maior diversidade de produtos no mercado, visto a sua flexibilidade.
Um dos pontos mais desvantajosos da adesão a essse modelo fábril, é sua baixa e rigorosa oferta de emprego. Pois, com pouco espaço para disperdíos, produção sob demanda, uso de tecnologia e necessidade de mão-de-obra qualificada e multifuncional, ou seja, capaz de desempenhar varias outras funções dentro de uma mesma linha produtiva, muitos colaboradores foram dispensados e poucas vagas são oferidas, causando um colapso no mercado de trabalho.
Outra questão a ser levada em consideração nesse modelo, é a alta depência de aquisição de matéria-prima, pois, não há estoques imediatos de material, isso pode (e provavelmente vai custar mais caro para obtê-los).
Toyota uma das gigantes empresas do mundo.
Com seus príncipios e características inovadoras, foi essenciamente um divisor de águas na produção industrial, sendo implementados em milhares de empresas nos mais diferentes ramos pelo mundo. Sua ênfase na qualidade dos produtos, qualificação dos colaboradores, diversidades de produtos, valorização do trabalhadores, preocupação com gastos e redução de custos contribuiu para a transformação da indústria mundial. Apesar de algumas desvantagens, seu modelo é refência em termos de qualidade, competitividade e produtividade.